domingo, 16 de novembro de 2008

Sinead O'Connor - You Do Something To Me (Red Hot + Blue)

Dancem, mt ;-)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

tailor made retardado


Já não escrevia aqui há muito, e hoje, dei com este texto, encomendado pela minha amiga M e escrito na altura, penso que em Junho/Julho, altura em que tão generosa e calorosamente me acolheu em sua casa, depois das minhas férias na europa, com o moribundo...

Cá vai o texto, a que n alterei uma vírgula


Querias então que eu escrevesse sobre encontros e desamores, cá vai… Como é um fato feito à medida, é só para ti, ou quase…

Eu sei que te pode parecer melhor e mais agradável a vinda ou regresso da tua última alma gémea, sim, que tu dizes termos muitas. Que era lindo o bater à porta com o ramo de flores (também eram campestres, como as minhas?) e um não sei viver sem ti, seguido de um abraço do tamanho do mundo. Mas nós nunca vamos saber se era melhor ou pior, só sabemos o que temos agora, e devemos permanecer atentos ao que a vida nos vai dando, de olhos, braços e coração abertos, pois, pelo menos por agora é o que temos.

Quando as pessoas são realmente importantes nas nossas vidas, fazemos coisas para que elas permaneçam nela, para as aproximar de nós. A não ser assim, é sinal de que mereces alguém que o faça, que mereces alguém, muito melhor, que terá a grande fortuna de te encontrar.

Como disse um dia o enorme Quintana: O segredo é não correr atrás das borboletas…. É cuidar do jardim para que elas venham até si
E o teu, é um jardim lindo e perfumado!!!
Enjoy life!!

PS algumas destas espero que já n façam sentido, que tenham sido devoradas por um Kodiak bear ;-)

(A gravura é da Ana Oliveira, de qm já vos falei e sou fã confessa)

domingo, 20 de julho de 2008

Rokia Traorè, Mbifo

Um dos nomes maiores da Worl Music, a Maliana Rokia Traoré vai estar no Castelo de Sines, 26 Julho às 23h. Aceito inscrições ;-)

sábado, 28 de junho de 2008

The one before THE one


Há dias e a propósito de uma qualquer série de tv, em que alguém se dizia ser the one before the one, discutia com uma amiga o sentido de ser uma coacher emocional... Passo a explicar: ela, algumas vezes, mais do que as desejadas, foi a última namorada dos ex namorados. Foi a última com quem andaram antes de encontrarem A namorada, aquela com que depois casam…. Embora possa à priori parecer muito frustrante, ela no fundo consegue dar-lhe a conhecer sentimentos verdadeiros, levando-os depois a querer vivenciá-los de uma forma mais assumida e destemida, actuando como uma verdadeira coacher emocional, com provas dadas de trabalho muito conseguido!
Sabes, minha linda, tal como na música que te dediquei ontem, algum dia alguém te vai dizer aquela deixa e ela te vai fazer sentido. Sim, em simultâneo!... Essas coisas também acontecem e podem ser verdade depois de passada a fase de serem absolutamente assustadoras...
Vai haver um mais inteligente e destemido que os outros todos que vai perceber que não te vai querer perder.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

domingo, 22 de junho de 2008

Voluto e químicos

Esta semana, estranhamente foi semana que envolveu voluto às 6.30 da manhã. São os intrincados da vida…
Como se a químio não chegasse, ainda veio para apimentar as coisas uma trombo flebite…
As horas passadas no hospital são sempre muito marcantes talvez por eu mesma nunca ter sido hospitalizada, não sei… Sei que desta última vez, me meteu muita confusão. Não sei se a velhinha que insistem em não deixar morrer em paz e dignamente sem antes a encherem de químicos, mas cuja morte estava já estampada no rosto há muito, se pelo jovem executivo com olhos brilhantes que de vez em quando sorria quando olhava para mim, se tudo junto, se muito mais….
Depois de acabado mais um tratamento, urgia que me fosse dito que passos dar quando dali saíssemos…
Queria a todo o custo que a enfermeira me explicasse o a seguir, e ela, de repente parou, olhou fixamente para mim e perguntou-me: onde arranjou esses olhos tão bonitos? Eu, não percebendo à partida o porquê de tal pergunta naquela altura, entendi depois, que a quebra de estado que me provocou conseguiu na plenitude trazer-me ao lado mais bonito e leve da vida, tão necessário para enfrentar os cinzentos com que é pintalgada…

sábado, 21 de junho de 2008

Verão como é Verão


Gosto do Verão, sempre gostei… Gosto dos cheiros e dos sabores das frutas, dos corpos salgados, da areia quente na sola dos pés, das esplanadas, das noites quentes de luar, dos sorrisos, da boa disposição contagiante, dos sorvetes, dos caracóis depois da praia, da sombra e do sol, dos passeios à beira-mar, do dormir tarde, do acordar cedo, do cabelo apanhado, dos chinelos e das sandálias, dos chapéus, dos amores, das marcas do bikini, do brilho nos olhos, das limonadas, das férias, do ir e do voltar.

Este ano o Verão nem se fez anunciar, simplesmente chegou de rompante, trazendo frutos de sítios onde nem vi as flores….

A vida surpreende-me constantemente, por isso adoro vivê-la, todos os dias!.....

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Ser feliz

Eu sei que prometi n passar de hoje sem escrever, mas, parece que ainda n vai ser desta... Compersar-vos-ei entretanto, prometo ;-) Até lá deixo-vos com o sublime FP

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes mas, não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da
própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir um castelo... "".

Fernando Pessoa

terça-feira, 3 de junho de 2008

Tantas saudades tuas

Faz hoje 2 meses que fiquei sem ti e tu sabes, como foram dos meses mais complicados da minha vida. Custou-me muito passá-los, mas custa-me mais sobretudo não te poder ouvir dizer que vai correr tudo bem, ou o teu “tem calma filha, tudo se vai resolver”. Eu sei que isso até é assim, que algumas das coisas até se irão resolver, mas não é o mesmo sem seres tu a dizeres-mo ao ouvido.
Tantas perguntas que ficam sem respostas, tantos conselhos que precisava que me desses…
Resta-me agradecer-te sempre e constantemente o mais sábio ensinamento que me deste, o de conseguir ver nas adversidades um trampolim para o sucesso, e a esperança num futuro melhor, onde tudo se vai resolver…..
Tenho muitas saudades tuas

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Obrigada por tudo Papá



Quando nasci, com apenas 1 Kg. de peso, foste tu quem inventou um funil que permitia que fosse alimentada, e que me permitiu sobreviver, apelidada de "menina milagre", por todo o pessoal hospitalar. Depois veio a escola e a vontade de, para não vos deixar, nem sequer lá ir. Éramos pequenas mas lembro-me dos patos que conseguiste que o externato abrigasse para que a sua visita matinal nos servisse de incentivo à ida à escola. No caminho conversávamos, de mãos dadas…
Depois vieram as romarias diárias, para nos levares ao colégio, mais de 60 Kms/dia, sempre feitos com amor. A estes acrecentavam as idas semanais para as nossas muitas actividades e festas.
Lembro a inveja que os nossos amigos tinham da responsabilidade que nos davas pela nossa própria vida. Achas que deves ir, perguntavas sempre a cada vez que te interrogava sobre esta ou aquela festa, este ou aquele passeio.
Recordo com saudade o único acampamento a que foste, sim porque fazias questão de atender ao nosso, “não, não queremos que vão”… Mas dessa vez adivinhaste-te preciso e lá foste carregar-nos de mantimentos à Serra da Arrábida… Como sabes, os nossos amigos ainda hoje falam disso e se sentem gratos.
Depois vieram os namorados e os desaires amorosos e tu, lá estavas sempre para dar conselhos e ouvir, ouvir muito.
Finalmente a faculdade, teu maior objectivo de vida… Também então tive sempre o teu apoio, manifestado por telefonemas diários de incentivo e saudades.
Casei, porque não te ouvi e talvez por isso me tenha separado, porque não sabia, ou não queria saber o que tu sabias há muito; que não ia dar certo… Eu sei que me querias poupar ao desgosto, mas sabes, há coisas que têm que ser vividas por nós, é isso que faz com que cresçamos….
Depois mergulhámos todos num abismo profundo, mas mantivemo-nos unidos, muito graças a ti, e à educação que nos deste. Tenho muita pena que não saiamos juntos desta, mas também te via muito cansado, e com a sensação de dever cumprido.
Sabes, vou ter muitas saudades tuas, mas vou recordar sempre os momentos, que foram muitos, bons que passámos juntos e o teu “ que te corra tudo bem”, forma com que te despediste da última vez que falámos.
Obrigada por tudo Papá.

segunda-feira, 31 de março de 2008

Flor de cardo

Lembra-se que desde pequena gostava das flores de cardo. A mãe, essa, não achava graça nenhuma a esse seu jeito insistente de achar piada a flores com espinhos, no caule e nas folhas, mas ela insistia.

Mais tarde soube-as úteis, para fazer o coalho para o queijo que sempre tanto lhe agradou. Pensou ser mais uma vantagem a juntar a da beleza.

Hoje continua sem entender o que a fascina, será o verde escuro e brilhante?
Será a fragilidade das folhas em haste, de um púrpura quaresmal?
Talvez seja porque a bola de espinhos dá lugar a uma flor singela e muito, muito delicada, que, abrindo-se confiante ao mundo, deixa as pontiagudas defesas caírem. As flores essas, só as vê quem sabe esperar, e quem acredita que de um amontoado de espinhos pode nascer beleza…

segunda-feira, 24 de março de 2008

G

Era da luz do sol o seu sorriso, antes de adoecer, depois, lentamente mas com a velocidade estonteante que só as doenças sabem ter, foi empalidecendo, ficando ténue e no seu olhar, em vez do espanto habitual, passou a habitar o medo.
Depois vieram todos os exames e químicos do mundo que a tornaram cada vez mais fraca, mas foi uma fase, não breve, porque as fases menos boas nunca o são, mas passageira… E voltou a vontade de viver, uma muito fraca vontade de viver. Confesso que tive medo, porque sem ela, as coisas se tornam sempre muito mais complicadas…

A fase passou, desta feita da forma menos agradável, com outra doença, e cá andamos novamente de casa para o hospital, ainda a meio do processo, mas, desta feita a agarrar a vida com as duas mãos, que juntas com as minhas tornamos em quatro!...

Venceremos mais esta, certamente

quarta-feira, 19 de março de 2008

Paz e Justiça (SÓ!.....)



Palavras para quê, num País que não tem petróleo?....

www.avaaz.org/en/tibet_end_the_violence/97.php/?cl_tf_sign=1

quarta-feira, 12 de março de 2008

O melhor capuccino da cidade



Da casa vê-se todo o céu de Lx, e os céus e miragens de quem entra e sai, de e para outras paragens. Vê-se sempre o sol a nascer, ora com cores alaranjadas, ora com cinzentas neblinas. Dentro dela há calor e o melhor capuccino da cidade, porque do mundo não conheço todos.... Do meu mundo, é seguramente o melhor. É feito sempre com mil cuidados e carinhos, e nele só entram os melhores ingredientes: leite, café do lote escolhido ao ritmo do apetite do dia, muita espuma e polvilhos de canela. Depois, é servido com mimos e muitos bjs e sei dizer que agora, em terras Algarvias, sinto muito a falta do seu calor, que me aquece a alma.

Bjs, mts!...

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Salta-Pocinhas


«Havia três dias e três noites que a Salta-Pocinhas - raposeta matreira, fagueira, lambisqueira - corria os bosques, farejando, batendo mato, sem conseguir deitar a unha a outra caça além de uns míseros gafanhotos, nem atinar com abrigo em que pudesse dormir um sonhinho descansado. Desesperada de tão pouca sorte, vinham-lhe tentações de tornar para casa dos pais, onde, embora subterrânea, a cama era mais quente e segura que em castelo de rei, e onde nunca faltava galinha, quando não fosse fresca, de conserva, ou então coelho bravo, acabado de degolar.»

Aquilino Ribeiro in "O romance da raposa"

sábado, 23 de fevereiro de 2008

Viagem

Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
( Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).

Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura.
O que importa é partir, não é chegar.


Miguel Torga

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Voglio una casa

Voglio una casa, la voglio bella
Piena di luce come una stella
Piena di sole e di fortuna
E sopra il tetto spunti la luna
Piena di riso, piena di pianto
Casa ti sogno, ti sogno tanto
Voglio una casa, per tanta gente
La voglio solida ed accogliente,
Robusta e calda, semplice e vera
Per farci musica matina e sera
E la poesia abbia il suo letto
Voglio abitare sotto a quel tetto.
Voglio ogni casa, che sia abitata
E più nessuno dorma per strada
Come un cane a mendicare
Perchè non ha più dove andare
Come una bestia trattato a sputi
E mai nessuno, nessuno lo aiuti.
Voglio una casa per i ragazzi,
che non sanno mai dove incontrarsi e
per i vecchi, case capienti
che possano vivere con i parenti
case non care, per le famiglie
e che ci nascano figli e figlie. "


Deixo-vos o poema que ultimamente me governa a vida. Em dias como o de hoje, em que deixo de acreditar ser possível, leio-o e continuo a sonhar :-)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Solidão


Véspera de Carnaval, 8 da noite, estava em casa com um amigo a tempo de irmos jantar, quando tocam à porta. Entreolhamo-nos e acabámos a frase antes de eu me levantar para atender a campainha, tocada uma só vez e sem pressas…
À porta estava uma sra. já oom alguma idade, 72 anos, disse-me ela depois, com um rosto belíssimo, olhos marejados de lágrimas e vestida de roupão azul. Nunca a tinha visto, apesar de ela morar na minha rua, mais perto da outra mercearia, talvez daí… Disse-me ter recebido uma notícia muito má pelo telefone e que estava muito nervosa, pedindo-me um chá de camomila, enquanto apertava nervosamente o pequeno papel que trazia na mão esquerda. Fi-la entrar e dei-lhe um chá, não de camomila, que não tinha, mas um roibbos, que também não tem teína, pensei na minha ingenuidade… Perguntei-lhe se não conhecia ninguém no prédio, a resposta foi de não andar nas casas dos outros, e, mesmo vivendo por aqui há mais de 40 anos, estar sozinha…
Expliquei-lhe que estávamos de saída e despedi-mo-nos dela. Ficou muito sensibilizada pelo chá, mas perturbada quando lhe disse que podia levar a caneca, sempre lhe serviria para o chá do dia seguinte. Enquanto saíamos entrava no prédio alguém a quem a sra. voltou a perguntar se não tinha chá de camomila. A resposta foi positiva e subiu a buscá-lo. Enquanto isso a sra bebia o chá nas escadas e disse-me: sabe, mais um bocadinho e guardava já a chávena…
Despedi-me dela e disse-lhe fazer muito gosto em que ficasse com ela, lamentando ter de sair. Ela só me repetiu o tenha muita sorte e que a vida lhe dê tudo o que quiser.
Fui jantar com o coração e a consciência mais pesados…

A foto é minha, de como a velhice deveria ser....

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

J’ai peur de toi, j’ai peur de moi

"J’ai peur de toi, j’ai peur de moi, j’ai peur de tout", dizia a bela Camille (Audrey Tautou) em Emsemble, c’ést tout, a Franck (Guillaume Canet), porque não lhe conseguiu proferir um gostava que tu ficasses…


Porque nos impede o medo tantas e tão repetidas vezes de agir de acordo com o nosso coração?
Porque quando normalmente ganhamos coragem é tarde demais?
Valerá a pena ficarmos ainda durante algum tempo a perguntarmo-nos como seria se? Pois, mas como costumo dizer, o SE é a história dos palermas. Nunca vamos saber com era o se…
Não valerá o risco de agir pelo de não ficar parado, melhor petrificado pelo medo? Será um risco?
Sim, o Universo vai-nos enviando os sinais e as pessoas, mas nós também temos um papel:

O de abrir os braços e descerrar os lábios!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Cuidado com o que imagina








Ás vezes a vida surpreende-nos, melhor, a vida surpreende-nos quase sempre… Às vezes faz-nos encontrar pessoas que pensávamos só existirem na nossa imaginação, nos nossos sonhos… É aí que reforçamos a crença de que o que imaginamos para nós, nos pode acontecer!
Cuidado com o que imagina, porque pode sempre acontecer!... ;-)

sábado, 26 de janeiro de 2008

Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Encontros

Há pessoas que entram na nossa vida e insistem em ficar.
Então, e às vezes passados anos, revemo-las vezes e vezes sem conta.
Há pessoas que encontramos constantemente, num sítio após o outro. Até naquele lugar, cheio de gente, em que encontramos a custo o amigo que nos espera, e ajudados pelo telemóvel…
Há muitos anos que deixei de acreditar em acasos, não acho que os encontros ou desencontros sejam obras dele, porque simplesmente para mim não existem acasos.

Existem energias que unem ou separam pessoas. Eu só os respeito e penso no ensinamento que aquela pessoa veio trazer à minha vida. Melhor, nem penso, imagino…. A vida tratará de mo mostrar. Eu, só imagino, porque gostava de ver antes… Pois, tenho que trabalhar mais a aceitação e a entrega, pois sei que o Universo é sábio e tratará de fazer com que eu perceba, mais dia menos dia o propósito de tudo. No fundo é como um puzzle, em que todas as peças se encaixam, desde que no sítio certo...
É também isto que faz da nossa vida uma vida maravilhosa.

Ilustro com um poema do Cesariny, de que gosto especialmente. Espero que vos agrade


“Estação”

Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te

vou perdendo a noção desta subtileza.

Aqui chegado até eu venho ver se me apareço

e o fato com que virei preocupa-me, pois chove miudinho



Muita vez vim esperar-te e não houve chegada

De outras, esperei-me eu e não apareci

embora bem procurado entre os mais que passavam.

Se algum de nós vier hoje é já bastante

como comboio e como subtileza


Que dê o nome e espere. Talvez apareça”


quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Give me a 5?

Intriga-me o hi5, pelo menos quando utilizado por e para pessoas com mais de 25 anos, ok, diremos, 28, ainda a passar o 2º e quero acreditar o mais difícil, ciclo de Saturno, …
O que leva pessoas adultas a partilharem a sua vida familiar com estranhos e sobretudo a esperarem elogios online? Give me a 5? Pois, não sei….
Qual será a mola que alavanca que as mesmas pessoas crescidas mostrem fotos de casas e casamentos, de bebés, já nascidos e por nascer, e de férias?
O que os levará a pedir beijos e abraços, ou a oferecer flores virtuais? Depois, como é possível ter mais de 200 amigos? Eu que tenho alguns, não chego nem a metade… Bem, não falo nos que têm mais de 700… Ah, pois, são pessoas muito sociáveis e queridas por todos…. Ou serão pessoas sem vida real, incapazes de estabelecer relações de afecto, que não sejam virtuais? Haverá um estudo sobre isto? Era giro de ler, ou de fazer, quem sabe…

No tempo em que andava no colégio, há alguns anos atrás, tínhamos uma versão papel do referido partilhar de afectos, mas ok, tínhamos quê, 12 anos?? Era lá que as amigas diziam mal das outras miúdas que gostavam dos mesmos rapazes que nós, ou que nos diziam ser as mais cools de todo o universo. Foi até lá, mais concretamente, numa folha que foi posteriormente lá colada com desvelo, que fiz o único pacto de sangue da vida. O que será feito dele, do LR, meu fiel escudeiro?

Compreendo e até acho alguma graça ao dito site, quando utilizado dentro dessa faixa etária, lembro a história da P, 12 anos e filha de um amigo meu, que em discussão com uma amiga lhe chamou nariguda fazendo questão de lhe lembrar quem tinha muitos mais amigos no hi5, reduzindo-a assim imediatamente à sua insignificância!...

Give me a 5?
Give me a break!!!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Suavemente

Há pessoas que entram na nossa vida suavemente, vêm de pantufas calçadas, não fazem barulho...

Andam connosco ao colo e agarram no nosso coração e embrulham-no numa velha camisola de caxemira: quente, fofa, confortável, e já com a forma do corpo que a veste e com muitas, muitas histórias.

São sempre regaço e chá quente.

Obg aos meus, novos e velhos.
Bjs especiais p o F e a I, meus últimos anjos ;-)

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Cai chuva do céu cinzento

"Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer."

FPessoa, o GÉNIO

domingo, 13 de janeiro de 2008

Intimidade(s)

Tem sido conversa recorrente entre mim e alguns amigos, de ambos os géneros e quer homo quer heterosexuais, a questão da intimidade entre os membros de um casal, ou entre quem, mesmo que por pouco tempo ambicione tal.
Acontece, que, e na minha opinião, o cerne da questão prende-se com o medo, bicho que alimentamos e acarinhamos diariamente, cada vez maior portanto, que muitos de nós tem em estabelecer relações em que esteja presente a tão supostamente desejada intimidade. Obviamente que se pode entender isto como um paradoxo, uma terrível contradição. Mas afinal queremos ou não um relacionamento?

É um não querer, querendo, como dizem alguns amigos Brasileiros (tenho tantas saudades vossas…).

Intimidade é assustadora porque significa para mim, e para todos com quem falei perda de controlo, e, a falta de segurança é tão grande, que ambos querem controlar. Então assistimos a uma verdadeira epidemia de tentativa/erro em qualquer relacionamento por onde vamos passando, também porque nos relacionamos entre pares, ou seja, sofremos todos do mesmo mal, em que ninguém se dá verdadeiramente a conhecer, porque todos têm MEDO. Pois no fundo, quando nos cheira a coisas aparentemente simples como o partilhar do dia-a-dia, ou de algum sentimento, a resposta é invariavelmente um: “eu nem o/a conheço/a, não vou discutir isso com ele/a, pelo menos por enquanto”… Certo tenho que não se passa nunca do “por enquanto”, mesmo quando se mantêm relações, mais ou menos coloridas, muitas vezes durante anos. Mas essas não contam porque nessas não há intimidade!... Emocional, claro….
Claro que isto me entristece bastante, porque a conversa, vai sempre dar no mesmo, e, ao fim de mais um ano, que hoje para mim acaba, porque amanhã começo outro, o dos 37 anos de vida, continuamos todos acompanhados uns pelos outros, mas sozinhos….

B

A experiência de vida dá-nos uma grande capacidade, a de não contar os anos de vida, mas as vivências, os abraços, os amigos e as estrelas.

Que este teu ano seja de um céu cheio de estrelas e de muita gente para ajudar a contá-las!

PARABÉNS B

sábado, 12 de janeiro de 2008

Das utopias

"Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!"

Do mágico Quintana

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

alma cheia


Confesso vir de alma cheia, com tanta graciosidade de movimento!

Acabei de chegar do Camões, onde a CNB apresenta "O Lago dos Cisnes" de Tchaikovsky. Mesmo já habituada à CNB, considero-os quase sempre brilhantes e quando não, muito bons. Hoje estiveram na primeira categoria!
Gosto neste bailado da mistura do real e do fantástico, daquilo que no fundo é feita a vida. Confesso também achar graça ao triunfo do bem sobre o mal, e que o príncipe Siegfried, mesmo depois de traído pelo seu tutor acabe por ficar com Odette. Assim é na vida também, porque como disse uma vez Paulo Coelho, quando queremos muito uma coisa, o universo inteiro conspira para que esta se realize!

Depois de chegar, ainda tive direito aos vossos carinhos…

Eu sou realmente uma pessoa afortunada! Bem hajam!!!!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Tornemo-nos contagiosos!

"O importante, disse-o um dia a alguém que me pedia conselho, é ser-se o que se é e tornar-se contagioso. A primeira responsabilidade que nos assiste é saber o que se é: continuo convencido de que todos nós nascemos com uma partitura na cabeça. Depois, tantas vezes, ou porque nos faltou mestre de música, ou porque não encontramos piano à mão, vamo-nos entretendo a tocar coisas que não são da nossa partitura. Há então que fazer o esforço, individual ou colectivo, de achar o mestre e o piano que a partitura exige. Conseguido isso, devemos tornar-nos contagiosos."

O GRANDE Prof. Agostinho da Silva

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Lua nova

Gosto de luas novas, são como o ano novo, mas há pelo menos uma por mês, não é fantástico??

Claro que não têm a plenitude e espectacularidade da lua cheia, porque esta é uma lua tímida, escondida, mas é a lua dos projectos, do começar de novo, dos inícios auspiciosos.
A que hoje começou, para que me agrade mais, é uma lua nova em Capricórnio, o meu signo, e de algumas pessoas de quem gosto, os trabalhadores, metódicos, sem pressa, que um dia vai ser nosso, os que conseguem planear e ver a vida além do imediato.

Gosto dos começos em lua nova, são auspiciosos!

Que tenham uma óptima lua nova em capri!

A minha começou bem ;-)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

"Sobrinhos"

Ontem escrevi sobre Domingo(s) e uma das suas características, mas o tema não pretendeu nunca reduzir-se a crianças, que como todos os que me conhecem sabem, adoro!... Conseguindo ter com elas, uma muito boa relação. Sim, os meus “sobrinhos” adoram ficar comigo, sabem até que durante esse tempo, fazemos em conjunto as loucuras que nem sempre as mães deixam fazer. Mas, ser “tia” é quase com ser avô, mas com um bocado mais de agilidade! ;-)
Tenho vivências engraçadas com estes meus “sobrinhos” emprestados, uma vez que biológicos ainda não existem, para meu grande descontentamento… Lembro a última vez em que fiquei com o F e S, de 8 e 12 respectivamente, em que depois de lhes ensinar a fazer uma das 3 peças que faço em origami, o simples barco de papel que até flutuava na banheira, ter sido motivo de tanta alegria, para os 2 e o vizinho, amigo e colega de colégio, que a eles se juntou na brincadeira. Difícil foi conseguir a convencê-lo depois a voltar a casa, no andar debaixo… É a estes também que vou ensinando a cozinhar e que depois de um lanche de crepes me fazem ouvir, serem os meus os melhores do mundo. Refiro que estamos a falar de crepes com Nutella., não não eram mais que isto… Corrigiu depois da segunda garfada, referindo serem os da mãe, os que ocupavam o lugar cimeiro no top. Expliquei-lhe que as mães sabem fazer melhor quase todas as coisas… Querem mais elogioso e ternurento? Não existe…
Há a M, 1 ano, que é capaz de passar uma tarde inteira a tirar e voltar a pôr minúsculas bolas de esferovite num puff, sorrindo-me de cada vez que conseguia o feito.
A M, 3 anos, que corre para mim quando me vê, escondendo-se depois atrás das mãos para que não lhe tire fotografias, em jeito de pura provocação, pois sabe ser bilhete para uma sessão de cócegas e piruetas.
O D, 5 anos, que na semana passada a última vez que o visitei, logo que me vê me diz que os meus lábios já estão muito melhores, sim a herpes não me largava.. Graças ao creme mágico da mãe, expliquei-lhe. Depois, olha para mim, traça com o dedo uma linha no meu nariz, diz “linda” e desapararece.
Também nesta linha a M, então com 7 anos, fez em minha casa um desenho meu, que me oferece, em que só era olhos e sorriso, e em que os braças saiam do meu longo pescoço. Disse-lhe à altura estar ali muito mais gira do que sou na realidade. Ela returque com um posso escrever? E acrescenta um top model ao desenho. Hoje com 14 diz que quando for mais crescida quer ser como eu, porque também viajo e sei sempre imensas coisas…
O A, 5 pergunta: “hoje vais ficar na minha casa?”, de cada vez que me vê
A D, 3, na mesma linha pergunta à mãe se eu não posso lá ficar em casa, acrescentando com aquele charme todo dela, que eu gostava muito, ter sido até eu a sugerir, tudo para podermos acabar um dos seus intermináveis e coquettes puzzles.
A L, 3, que ensinei a andar, e que me dá beijos e às vezes até um ou outro abraço quando me vê, para espanto dos pais… Pois é L e V, é mesmo amor, e vocês sabem ser recíproco! È a mesma que depois também é capaz de responder à mãe quando esta lhe diz estar a falar comigo ao telefone e lhe pergunta se também o quer fazer, sair-se com um hoje não me apetece… Claro que não o fazendo é esta, L quem o sugere, a minha adorada mini Sagitário!...
A C, 2, que me sorri e oferece brinquedos só para ter a minha atenção e companhia para a brincadeira, no chão de preferência..
Enfim, são pequenos mas fazem grande a minha vida! Sou muito grata porque eles existem!

domingo, 6 de janeiro de 2008

Domingo(s)

Domingo é o dia do senhor, ouvi dizer a maior parte da minha vida, sendo como sou originária de uma família católica praticante, aluna em colégios de freiras, padres e Opus Dei, por esta ordem, não tinha como não…. Além disso, à excepção da extrema unção, tenho já os sagrados sacramentos todos no curriculum, casamento pela igreja católica incluído.
Mas domingo, é também, para os solteiros, ou divorciados sem filhos como eu, ou se quiserem para as pessoas sem qualquer relacionamento amoroso estável, o dia de ir apanhar ar e de ver os casais em interacção. Este tema foi já alvo de muitas e boas horas de conversa entre mim e os meus amigos, os que se encontram no mesmo barco, obviamente. Assim, entendemos, infelizmente na maior parte dos casos, quando em observação participante dos referidos casais ou famílias felizes, não G, família feliz não é só o nome de um prato combinado do restaurante chinês, que muitas delas, davam TUDO para estar no nosso lugar, trocando facilmente as suas vidas pelas nossas, demonstrando-o despudoradamente pela forma com que nos olham, muitas vezes olhares de autênticos pedidos de socorro, independentemente do género de quem os faz.
É nestas alturas que se aplica o adágio antes só… E o domingo fica mais risonho :-)

Desenhos

Eu sempre gostei de desenhos, e de pessoas que sabem desenhar. No fundo, penso que é uma forma de inveja, por não saber fazer mais do que meia dúzia de rabiscos, que, tal como os das crianças, exigem explicação posterior… :-(
Este fascínio é de tal ordem, que, sempre que conheço uma pessoa pela qual me interesso, não sendo a primeira pergunta, à terceira ou quarta lá sai invariavelmente um tímido “sabes desenhar?”, para espanto quase certo do inquirido. Confesso que agora também gosto de lhes adivinhar as linhas que na testa serão desenhadas, logo que a ouvem….
Não sei de onde, nem quando começou esta mania. Apenas sei, que quando no colégio, não era eu quem fazia os meus desenhos, cabendo antes ao meu pai os desenhos geométricos, à minha mãe os livres, aguarelas, e outras tintas, e ao Kyto, o meu tio mais novo, durante o período que lá viveu em casa, os de reprodução, e tintas-da-china.
Estou certa hoje de que estas preciosas ajudas, que me impediram de ter classificação negativa na matéria, foram também preciosas para que eu nunca aprendesse a desenhar. Deduzo, que para tal e como em quase tudo, seja necessário antes de mais de treino e confiança, e, os meus ajudantes, estou certa de que sem intenção, levaram-me as duas…
Num dos projectos a que me propus este ano, preciso de uma ilustradora, acontece que, já a conheci e reunimos ontem. Claro que chegou até mim da forma mais inusitada, mas afinal, era preciso era que chegasse, e o Universo, sabiamente, pô-la na minha vida.
Chama-se Ana e além de desenhar lindamente, é um doce de criatura. Linda, serena e muito simpática. Contei-lhe em jeito de confissão esta minha obsessão, provocando-lhe um sorriso. Depois, respondeu-me que podia aprender. Quem sabe? Afinal de contas, "Where there's a will, there's a way"...

Deixo-vos com o link do blog da Ana e com uma das suas ilustrações http://www.ilustrana.blogspot.com/

sábado, 5 de janeiro de 2008

Religiões

Há poucos dias atrás, falando de religiões, um católico praticante, estanhava o facto de eu me auto apelidar de budista não praticante. No seu entender, quando professamos uma religião, devemos não só professá-la como praticá-la, caso tal não aconteça, devemos achar-nos ateus. Eu nem conseguia acreditar no que ouvia, mas, enfim, era a sua verdade, contudo, confesso, me levou a pensar, e agora escrever sobre ela.
Eu conheço gente de muitos credos, aliás, segundo uma amiga, conheço gente de todos os credos, cores, filiação ou simpatia partidária, classe social, idade etc. Ela diz-me viciada em gente e que não conhece como eu para conhecer gente diferente e conseguir agir com todos. Bondade e exagero R, mas obrigada.
Acontece que eu, não sendo frequentadora de práticas budistas, por ir a um ou outro ensinamento, e meditar diariamente, não vejo motivo para me considerar praticante. Mas afinal, que importância pode isto ter? Nós somos só o que fazemos, mesmo que possamos nem sentir, ou seremos mais o que sentimos, mesmo que possamos não fazer?
O judeu com quem jantei há dias, e que, num dia de jejum escolheu entrecosto para repasto, passa a ser menos judeu?
Reflectirei sobre isto com a ajuda das 6 paramitas Budistas, DANA (caridade), SILA (harmonia ou pureza), KSHANTI (paciência), VIRYA (energia), DHYANA (contemplação), PRAJNA (sabedoria), tendo esperança que ele o faça com os seus 10 mandamentos. A julgar pelo n.º ganhará!... ;-)
Para ilustrar só mesmo a frase pintada numa lanchonete do meu bem amado RJ, “Eu não sou dono do mundo mas sou filho do dono”, não seremos todos?


"O Eu é o mestre do eu. Que outro mestre poderia existir ?” Buda

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Namastê

Ontem, como acontece algumas vezes, de há alguns anos a esta parte, e com tendência a aumento de frequência, pela proximidade da minha quase casa nova, fui ao Martim Moniz visitar a minha merceeira predilecta. Ela lá estava, recém chegada da Índia, jornada relatada na semana passada entre um papari e uma das suas divinais mangas. Esteve lá 3 semanas, foi ao casamento da sobrinha e ficou nas festas, respondeu ela ao meu estranhar da sua não permanência no posto. Gosto da sensação de a saber lá, com sorriso alegre e olhar com brilho dentro, como só as pessoas felizes conseguem ter. Recordo uma vez que, recém chegada do porto, cidade dos meus encantos, lhe relatei o meu espanto e contentamento de a ter visto, em forma de foto, numa exposição, com tema na Torre de Babel, outro nome por que apelido o Martim Moniz. Admirada com o facto, sorriu ternamente e agradeceu quando lhe disse estar muito bonita. Não sei como se chama, nunca lho perguntei, apenas sei que me enche a alma enquanto lá e me aviva as papilas depois de saída.
Namastê!

Depois da incursão na mercearia, e enquanto tirava o carro no espaço mínimo onde o deixei, batem-me no vidro. Era negro, e pelo sotaque, correctíssimo, dir-se-ia Angolano, meu patrício portanto… J
Abro o vidro e ouço um - dá-me um cigarro? , ao que lhe respondo ter a sorte de não fumar…. E posso roubar-lhe dois segundos? , continua
- Bom, mas isso já fez…
- Pois, sabe… É que eu queria pedir-lhe um favor
- Diga…
- Cuide da sua beleza. A sra é tão linda… Cuide da sua beleza. E sorriu, simplesmente..
Confesso que o obrigada foi já com a voz meia embargada…
Leva-me pois a pensar que, se não tivesse aberto o vidro, se tivesse visto em vez de preto, transparente, não ouvia o piropo, nem via o sorriso com merengue dentro. E eu, que nem costumo gostar de piropos, com excepção dos italianos, que nos fazem sempre sentir como as mais belas mulheres do mundo, ouvi, no centro de Lisboa, um do qual gostei, um que até conseguiu comover-me. Obrigada!!!

Agitem-se mentes e corações

Pois é, parece que o post anterior, mesmo com poucos comentários deixados aqui, deu lugar a alguma agitação. Obg, era o pretendido! ;-)
A resposta, para os não escritores, para os mais tímidos é de que, quando queremos algo, primeiro, e antes de mais nada, devemos saber exactamente o quê, com pormenor, posteriormente, imaginar que já conseguimos. Simples, não?
Acresce ao exposto dois detalhes, não menos significantes.
1º Eu mereço
2º Quando o aluno está pronto, o mestre aparece
Iremos certamente juntos tomar muitos cafés convosco, os menos crentes, os que dizem que é demasiada perfeição, que não há ninguém assim, que também devo acreditar no pai natal….
Seriam os descobrimentos um feito tão grande se o primeiro obstáculo, o velho do Restelo, não fosse passado?
Obg por existirem na minha vida, ranzinzas...
"Tudo o que somos é resultado do que pensamos" Buda

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Somebody

Antes de finalizarmos o ano, fizemos, tal como vos sugeri também a vocês, a Roda da Vida, acontece, que estando de uma maneira geral muito satisfatória, sim porque somos pessoas verdadeiramente afortunadas, eu e os amigos presentes, tínhamos todos uma lacuna, no sector dos relacionamentos, nos amorosos, claro, que os outros vão muito bem, obrigada...

Assim, e por forma a tornar este gomo equilibrado, resolvi definir para mim, e agora para o mundo, o que pretendo afinal nesta área da vida.

Quero alguém que

Que me beije quando chego a casa, que me deseje bom dia e boa noite, mesmo quando fisicamente não estamos juntos, que tenha mãos grandes e olhos brilhantes, de quem tenha orgulho, em quem pense imediatamente quando alguma coisa não corre como espero, ou quando acontece algo surpreendente e feliz, porque sei que está sempre lá, que olhe para mim quando estou distraída, que me afague o cabelo, que me beije a testa, que tenha um abraço daqueles em que se dorme dentro, que faz esquecer que há mundo lá fora, que pergunte como foi o dia, com vontade de ouvir a resposta, que tenha ideias discutíveis, que me compreenda, a quem possa confiar os meus mais íntimos receios, anseios e vivências, com capacidade de aceitar as diferenças, altruísta, espiritualmente rico, independente, feliz, de bem com a vida, de bem com ele mesmo, com muito auto conhecimento, aceitação e estabilidade, que goste como eu de crianças, de cães, de gente, de receber, da reciprocidade.
Ah, que tenha uma idade próxima da minha, e que seja giro, inteligente, alto moreno e de olhos verdes, sim que quando pedimos temos que pedir tudo o que queremos! ;-)

E tal como tão bem disseram os Depeche Mode
I want somebody who cares
For me passionately
With every thought and
With every breath
Someone wholl help me see things
In a different light
All the things I detest
I will almost like
I dont want to be tied
To anyones strings
Im carefully trying to steer clear of
Those things
But when Im asleep
I want somebody
Who will put their arms around me
And kiss me tenderly
Though things like this
Make me sick
In a case like this
Ill get away with it