domingo, 6 de janeiro de 2008

Domingo(s)

Domingo é o dia do senhor, ouvi dizer a maior parte da minha vida, sendo como sou originária de uma família católica praticante, aluna em colégios de freiras, padres e Opus Dei, por esta ordem, não tinha como não…. Além disso, à excepção da extrema unção, tenho já os sagrados sacramentos todos no curriculum, casamento pela igreja católica incluído.
Mas domingo, é também, para os solteiros, ou divorciados sem filhos como eu, ou se quiserem para as pessoas sem qualquer relacionamento amoroso estável, o dia de ir apanhar ar e de ver os casais em interacção. Este tema foi já alvo de muitas e boas horas de conversa entre mim e os meus amigos, os que se encontram no mesmo barco, obviamente. Assim, entendemos, infelizmente na maior parte dos casos, quando em observação participante dos referidos casais ou famílias felizes, não G, família feliz não é só o nome de um prato combinado do restaurante chinês, que muitas delas, davam TUDO para estar no nosso lugar, trocando facilmente as suas vidas pelas nossas, demonstrando-o despudoradamente pela forma com que nos olham, muitas vezes olhares de autênticos pedidos de socorro, independentemente do género de quem os faz.
É nestas alturas que se aplica o adágio antes só… E o domingo fica mais risonho :-)

6 comentários:

Anónimo disse...

Efectivamente não podias ter escrito nada tão actual, verdadeiro e "straight to the point" ...
Não fosse o adiantado da hora, os benos já terem ido à rua, e as pestes terem passado a adoráveis "belos adormecidos", eu teria sido a primeira a gritar... SOCORROOOOOOOOOOOO ...

Anónimo disse...

Qd for assim, liga! ;-)

Anónimo disse...

Com uma observação certeira como esta da sociedade actual, não posso ficar de fora... Passei o Domingo num aniversário nas Caldas da Rainha. Nesse aniversário costumam estar grupos de pessoas, as quais vejo todos os anos por esta ocasião. Parece que de repente muitos jovens casais começaram a casar e a ter filhos... muitos bebés! amorosos.
Mas no fundo não posso deixar de pensar que quando se entra nessa fase da vida já não existe "Turning back" principalmente com filhos...

Eu por mim continuo muito bem assim... sem filhos! :)

Anónimo disse...

Ainda estou explorar o blog, mas como seria de esperar adorei o texto! Particularmente a forma como inflectiste o que parecia um pedido teu de socorro...

bjs,

Anónimo disse...

Ainda estou explorar o blog, mas como seria de esperar adorei o texto! Particularmente a forma como inflectiste o que parecia um pedido teu de socorro...

bjs,

ps - não tinha assinado o anterior

Barata - Blattella germânica disse...

Experimente, deslocar-se de transportes públicos e apreciar o panorama vasto de sacos plásticos, pessoas em pé, e olhares desatentos em profundidade com o ambiente que os rodeia...e deixar o desafio apreciar o que lhes vai na alma..!

"Take one"!