sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Encontros

Há pessoas que entram na nossa vida e insistem em ficar.
Então, e às vezes passados anos, revemo-las vezes e vezes sem conta.
Há pessoas que encontramos constantemente, num sítio após o outro. Até naquele lugar, cheio de gente, em que encontramos a custo o amigo que nos espera, e ajudados pelo telemóvel…
Há muitos anos que deixei de acreditar em acasos, não acho que os encontros ou desencontros sejam obras dele, porque simplesmente para mim não existem acasos.

Existem energias que unem ou separam pessoas. Eu só os respeito e penso no ensinamento que aquela pessoa veio trazer à minha vida. Melhor, nem penso, imagino…. A vida tratará de mo mostrar. Eu, só imagino, porque gostava de ver antes… Pois, tenho que trabalhar mais a aceitação e a entrega, pois sei que o Universo é sábio e tratará de fazer com que eu perceba, mais dia menos dia o propósito de tudo. No fundo é como um puzzle, em que todas as peças se encaixam, desde que no sítio certo...
É também isto que faz da nossa vida uma vida maravilhosa.

Ilustro com um poema do Cesariny, de que gosto especialmente. Espero que vos agrade


“Estação”

Esperar ou vir esperar querer ou vir querer-te

vou perdendo a noção desta subtileza.

Aqui chegado até eu venho ver se me apareço

e o fato com que virei preocupa-me, pois chove miudinho



Muita vez vim esperar-te e não houve chegada

De outras, esperei-me eu e não apareci

embora bem procurado entre os mais que passavam.

Se algum de nós vier hoje é já bastante

como comboio e como subtileza


Que dê o nome e espere. Talvez apareça”


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