sábado, 5 de janeiro de 2008

Religiões

Há poucos dias atrás, falando de religiões, um católico praticante, estanhava o facto de eu me auto apelidar de budista não praticante. No seu entender, quando professamos uma religião, devemos não só professá-la como praticá-la, caso tal não aconteça, devemos achar-nos ateus. Eu nem conseguia acreditar no que ouvia, mas, enfim, era a sua verdade, contudo, confesso, me levou a pensar, e agora escrever sobre ela.
Eu conheço gente de muitos credos, aliás, segundo uma amiga, conheço gente de todos os credos, cores, filiação ou simpatia partidária, classe social, idade etc. Ela diz-me viciada em gente e que não conhece como eu para conhecer gente diferente e conseguir agir com todos. Bondade e exagero R, mas obrigada.
Acontece que eu, não sendo frequentadora de práticas budistas, por ir a um ou outro ensinamento, e meditar diariamente, não vejo motivo para me considerar praticante. Mas afinal, que importância pode isto ter? Nós somos só o que fazemos, mesmo que possamos nem sentir, ou seremos mais o que sentimos, mesmo que possamos não fazer?
O judeu com quem jantei há dias, e que, num dia de jejum escolheu entrecosto para repasto, passa a ser menos judeu?
Reflectirei sobre isto com a ajuda das 6 paramitas Budistas, DANA (caridade), SILA (harmonia ou pureza), KSHANTI (paciência), VIRYA (energia), DHYANA (contemplação), PRAJNA (sabedoria), tendo esperança que ele o faça com os seus 10 mandamentos. A julgar pelo n.º ganhará!... ;-)
Para ilustrar só mesmo a frase pintada numa lanchonete do meu bem amado RJ, “Eu não sou dono do mundo mas sou filho do dono”, não seremos todos?


"O Eu é o mestre do eu. Que outro mestre poderia existir ?” Buda

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá! Devagar, com encanto e admiração vou conhecendo uma pessoa que me parece não existir... estou a gostar e muito!! Há muito tempo que não admirava ninguém e isto está a fazer-me bem demais....rsrsrs