segunda-feira, 31 de março de 2008

Flor de cardo

Lembra-se que desde pequena gostava das flores de cardo. A mãe, essa, não achava graça nenhuma a esse seu jeito insistente de achar piada a flores com espinhos, no caule e nas folhas, mas ela insistia.

Mais tarde soube-as úteis, para fazer o coalho para o queijo que sempre tanto lhe agradou. Pensou ser mais uma vantagem a juntar a da beleza.

Hoje continua sem entender o que a fascina, será o verde escuro e brilhante?
Será a fragilidade das folhas em haste, de um púrpura quaresmal?
Talvez seja porque a bola de espinhos dá lugar a uma flor singela e muito, muito delicada, que, abrindo-se confiante ao mundo, deixa as pontiagudas defesas caírem. As flores essas, só as vê quem sabe esperar, e quem acredita que de um amontoado de espinhos pode nascer beleza…

Sem comentários: